segunda-feira, julho 21, 2008

Oito Minutos

Parou por uns instante. Viu o quanto aquele período negro demorou a passar. Percebeu que na verdade não tinha sido tão ruim assim, que tudo o que esperou durante muito tempo tinha acontecido ali, naquele ínterim. Mas a vontade havia passado, ele não queria nada daquilo.

Quis ser uma pessoa melhor, aquela mesma pessoa de quem ele havia fugido durante toda a vida. Pensou que talvez fosse a hora de parar de lutar contra sua própria natureza. Mas... aquela não parecia mais ser sua própria natureza. Um poço de contradições e clichês, um filme iraniano cheio de efeitos especiais, uma comédia pastelão britânica, um tango alegre.

Quanto mais suas conquistas pareciam certas, mas ele fugia delas. E tinha medo de fazer o mesmo quando seus novos anseios estivessem próximos. Foi então que teve uma idéia... Em oito minutos, se transformou em terceira pessoa e transformou isso num texto. Daqueles que tentam ser enigmáticos, mas no fundo são assustadoramente óbvios.

Um comentário:

Tânia disse...

hahaha putamerda... talvez eu tenha entendido,talvez não.
O final tá excelente, muiiito bom!!!
E olha.. o lucas achou a mesma coisa q vc, q meu último texto está "forte"..sinceramente, não consigo ver isso.
Disse-me também, ele, que é pela "descrição do morto"... continuo não entendo, ahaha.
nos falamos em breve
hasta luego chico