terça-feira, janeiro 29, 2008

Nova Lira

Inspirado livremente em poema do Paulo Leminski


Porquê todos os poetas insistem em ser complicados?

Carregam o amor como um fardo

Ou insistem em amar uma musa imaginária

sorte no azar

amor no jogo

de que me serve

jogo no amor

se o forte é uma sorte

e o amor não é o meu jogo

meu azar?

O que tem de mais dizer que o amor é uma dor ou rimá-lo com calor?

Que tal rimar Neruda com popozuda?

E me propor à transgressão

Depois da poesia maldita e marginal

Apresento a poesia fedida

Que é assim mesmo

Toda fodida

Como o meu grande amor

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