Cerveja, Resmungos e Insanidades

Chapolim Colorado no país das maravilhas

Ontei tomei coragem e fui começar a pesquisa de campo do meu TCC. Desculpem os citados, mas tenho que entregar que meus colegas foram o ilustre Rodrigo Febrônio e a não menos ilustre Janaína Felice. Como meu blog ainda é novo, não terão muitos problemas, mas pode deixar, que quando ele estiver um pouquinho mais famoso, eu relembro os fatos.
O tema do trabalho é bem legal: "Cena Musical Alternativa do Centro de São Paulo". A idéia é fazer uma análise das baladas do centro da cidade e o público que freqüenta o local. Nada melhor pra começar do que " A Loca". Para três heterosexuais convictos, uma balada gls soa no mínimo "estranho".
Mas tudo em prol do jornalismo. Ao chegar, perguntamos para o barman quais eram os ambientes.
"Tem esse bar e a pista, e o andar de cima, que abre as 3hs. Lá em cima, tem uns sofás, um outro bar e o MATADOURO" .
Soltei eu: "O que?"
"O MATADOURO"
"Ah bom"
Bom, se tem uma coisa que pobre adora é gente famosa. Então pra alegria da galera chega o Edson Cordeiro, escoltado de meia dúzia de bicholas, ops, amigos (esqueci que agora sou uma pessoa sem preconceitos).
Dançamos um pouco na pista e quando deu três da manhã fomos ver o tal do MATADOURO. Não sem antes o colega Rodrigo presenciar uma cena do mais pueril sentimento entre um homem e um travesti no banheiro.
Chegamos assim que abriu, então o MATADOURO ainda estava vazio.Um corredor completamente escuro, sem nenhuma iluminação. Acendi o celular (pronto, estraguei toda a magia da brincadeira) e não vi nada mais. Mas confesso, que mais tarde fiquei assustado, quando vi a quantidade de travestis lá dentro e o sorrisinho no rosto de quem saía de lá.
De volta a pista, presenciamos um personagem singular. Foi apelidado por nós, e por todos que lá estavam, de Tio Chico, em referência a uma charmosa careca e uma ligeira curvatura nas costas. Pois então, Tio Chico era um homem muito galante, rodava a pista procurando as mais belas garotas. Quando parava os olhos na presa, coçava o queixo e jogava um olhar deveras sedutor. Em seguida, lançava sua dança do acasalamento, se aproximando aos poucos da escolhida. Acredito que a tática deve ser muito eficiente, mas as meninas tomadas pela timidez, se afastavam rapidamente, fazendo com que Tio Chico procurasse outra garota, e outra, e outra...
Mas a cena da noite, pertenceu a nossa colega de TCC, que não vou citar o nome (apesar de já tê-lo feito anteriormente). Uma coroa muito gost... ops... uma senhora de traços bastante voluptuosos, se aproximou dela. Apresentou seus três filhos que a acompanhavam, esclarecendo que eram todos "viados "(sem eufemismos, ela usou essa palavra mesmo). Em seguida um dos filhos, perguntou a nossa colega se ela era "sapata". Ao ouvir a negativa soltou: "Que pena, minha mãe queria ficar com você".
A aventura estava perto de acabar quando voltamos ao andar de cima. Assistimos um pequeno show de alguns travestis e eoncontramos o Max Fivelinha (como pobre gosta de gente famosa, mesmo que seja só quase famosa).
Já eram quase seis da manhã quando saímos de lá, subimos a Frei Caneca, em direção à Paulista e ao metrô. Como bom jornalista, faço uma análise imparcial e livre de qualquer preconceito em relação a essa experiência:
Vai ser duro analisar tanta bicha assim....