Acendeu um cigarro e pediu mais de uma dose de uísque. Olhou para o lado e viu duas mulheres maravilhosas, uma com um vestido preto justíssimo, cabelos loiros sedosos, mas com raízes castanho-escura, e a outra de calça jeans e blusa decotada, mas com um discreto e charmoso cabelo curto. Viu as mãos de uma na coxa da outra e os sussuros ao pé do ouvido, ficou deveras excitado, tomou um bom gole de uísque e desviou o olhar, para não dar na cara.
Levantou e cambaleou até o banheiro masculino, que estava ocupado. Olhou para o feminino, que parecia livre, mas logo chegaram duas mulheres e entraram juntas no banheiro. Chamou uma delas e jogou uma nota de 5 reais na sua mão. O banheiro masculino desocupou, mas ele não entrou, permanecendo em pé junto à porta. Pouco depois saíram as duas, deixando o lugar livre para ele. Saiu depois de cinco minutos. Uma mulher alertou: "O nariz tá sujo". Ele limpou e saiu.
Pagou a conta e saiu. Sozinho, assim como chegara. Era perto de três horas da manhã, a rua estava cheia, os bares lotados. Ele estava agitado, olhava para todos os lados, até que passou por uma roda, com cerca de oito pessoas, e resolveu parar por lá. Deu um tapa, para relaxar, cedeu três cigarros para o pessoal da roda e continuou andando. Seguiu descendo a rua, com uma sensação de equilíbrio inexplicável, invejável até aos monges tibetanois, o meio termo perfeito entre o apolíneo e o dionisíaco.
Viu uma fachada colorida, um letreiro de neon, com suas luzes quase todas acesas. Na frente, uma homem falava sem parar, e o convidou para entrar. Sentou no balcão e pediu uma cerveja. Uma mulher deslumbrante, em trajes provocantes, sentou-se ao seu lado. Conversaram sobre trivialidades, durante quase dez minutos, e subiram as escadas.
Entaram em uma suíte, e ela de pronto começou a se despir. Os dois se abraçaram e beijaram no chuveiro e foram para a cama. Ela gritava muito, gemia, como se estivesse sendo torturada. Ele a xingava e dava tapas em seu traseiro. Vez por outra, ela dizia baixinho: "Ai bem, tá me machucando", dando o sinal para que ele fosse um pouco mais carinhoso.
Consumado o fato, ela pediu um cigarro. Ambos fumaram em lados opostos da cama, um de costas para o outro, sem dizer uma palavra sequer. Ele terminou antes e procurou sua cueca pela cama. Antes que achasse, tirou o lençol da cama e jogou por sobre a mulher, que manhosa, disse: "ai bem, mas seu tempo acabou"... Foi a última coisa que ela disse, antes que ele enfiasse o lençol em sua boca. Violentou-a com mais violência que antes, sem ser importunado por suas queixas. Quando sentiu que ia gozar, com um movimento rápido e firme, quebrou o pescoço dela, para em seguida ejacular na sua boca.
Com muito custo, abriu a janela do quarto, e ainda nu, fumou um cigarro. Em seguida, saiu do quarto, parou no boteco ao lado e pediu uma dose de uísque. Tirou um pequena embalagem de plástico do bolso, abriu e despejou um pouco de cocaina no copo.
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2 comentários:
Ao menos o infeliz não teve que ligar pra ela no dia seguinte...
Cara, realmente muito legal esse conto - tua autoria mesmo?
Bom... O teu blog está expressivo em termos de conteúo e está coim um visual bem limpoe agradável... Bom blog.
O Incontinenti...
http://buhmasque.blogspot.com
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