quarta-feira, janeiro 17, 2007

FUP

Depois de falar sobre filmes e sobre fatos inusitados do cotidiano da Caixa Econômica Federal, vou falar um pouco sobre literatura. Não sou crítico literário e nem um intelectualóide literato, e tampouco vou recomendar a novíssima edição de "Grande Sertão: Veredas", sonho de consumo de nove entre dez solteironas ou divorciadas cinqüentonas, que passam a vida a ler por pura incompetência social. Antes que me esculachem, isso não foi uma crítica a essa obra prima da literatura tupiniquim (digo isso por experiência alheia, já que nunca tive coragem de ler).
O nome do livro está no título do post, FUP. Essas três letrinhas, que em inglês, seria a contração do termo "fucked up", ou em bom português, FUDIDA, assim mesmo com "u".

FUP foi uma patinha achada num buraco. O estado deplorável em que se encontrava inspirou seu nome, dado por Vovô Jake, um velho jogador e beberrão, que fabrica um uísque tido como milagroso, usado para agitar e acalmar os sonhos, curar toda sorte de males, e como combustível para tratores e outros veículos mais pesados. Para criá-la, o velho conta com a ajuda de seu neto órfão, Miúdo um jovem de 155kg e 1,92m, aficcionado em construir cercas, que não cercam coisa alguma, doutrinado no uísque do vô desde os tempos de mamadeira.
Em pouco tempo sob a tutela dos dois, FUP come tudo o que vê pela frente, além de beber boas doses de uísque, se torna uma pata imensa, gorda demais para voar, por mais que Vovô Jake tente ensiná-la. O trio sempre se vê a volta com Cerra-Dente, um porco do mato, cujo passatempo é destruir as cercas de Miúdo.

FUP é uma linda fábula sobre a vida, com estilo e temática que oscila entre o beatnik e o hippie. Mostra como a vida é cheia de ciclos. As renovações nada mais são do que eternos retornos ao ponto de partida. O segredo não está em buscar mudanças, mas em preencher sua história entre elas.
O melhor do adulto é ser criança até crescer. O melhor do idoso é ser jovem até envelhecer. E o segredo da vida é ser imortal até morrer.

6 comentários:

Eva disse...

Lindo post Rodrigo..
Doq eu sei sobre a geração beat eu gosto.. mas de ler, acho q só li William Burroughs..gostaria de pegar jack kerouac.. tenho muita curiosidade na obra dele, já que influêncio aquele "grupo de amigos" q começaram com esse movimento.. mas não tem na biblioteca daqui..
vamos ver qdo começar as aulas, e eu voltar com aquela rotina saudavel de acordar cedo, cochilar a tarde, e nos dias em qficar em casa e tirar a bunda da frente do pc, pegar um livro e ler .. hehe
Já to com saudade disso =/

mel disse...

Ah, que fofeza!! Vou colocar na minha listinha! Pobre patinha...

Anônimo disse...

Rodrigo, querido, gostei bastante de seu post, inteligente em todas as arestas!

Anônimo disse...

Ahh, a anônima sou eu!

Don Rodrigone disse...

post FUP, rapaz... só fiquei com uma dúvida: como se pronuncia "Keurouac"?

Anônimo disse...

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