E 2006 vai indo embora. O ano passou como um tiro, nem parece que aconteceu tanta coisa na minha vida. Enfim terminei a faculdade e resolvi boa parte dos conflitos que me torturavam. Vi meus amigos indo embora, uns para o interior, outros para o exterior, fora os que começaram a namorar e sumiram. Mas tudo vem se resolvendo, vi a minha melhor amiga voltar para Sampa e um dos meus melhores amigos ensaiar uma volta.
Mas chega, o assunto do post não é esse. Quem me conhece "além-blog" mesmo que pelo msn, sabe que meu email é mochileirochapolim@hotmail.com , e muitos me perguntam o porquê desse email. Chapolim é um apelido que tenho há uns cinco ou seis anos, quando eu andava com uma camiseta do Chapolin que era minha segunda pele (o "m" no lugar do "n" é proposital, para dar identidade). Para completar, sempre fui muito desastrado, vivo tropeçando e deixando as coisas cair. O mochileiro veio de um hobby que tenho há não muito tempo, que é o de viajar.
Viajo bem menos do que gostaria, mas reservo alguns momentos para sair dessa correria de São Paulo. Ser mochileiro é diferente de ser turista. O turista fecha um pacote numa agência de viagem, fica num hotel bacana, faz os passeios sugeridos nos pacotes e anda com um guia a tiracolo. O mochileiro vai por conta própria, fica em albergues ou pousadas, quando não resolve acampar, e sai conversando com nativos em busca das melhores opções. O turista gosta de conhecer lugares diferentes, o mochileiro, mais do que em lugares, está interessado em pessoas.
Começo hoje meu aquecimento para um mochilão que venho programando há tempos. Em fevereiro de 2008 espero tirar féras e conhecer o Peru e a Bolívia.
Minha história de mochileiro começou numa inocente viagem com amigos para a Praia Grande. A partir daí me interessei em pegar a mochila e me mandar. Uma semana em São Tomé das Letras me aguçou o instinto. Desci do ônibus com um amigo com o nome da Pousada em que íamos ficar e mais nada. Era agosto, e a alta temporada tinha acabado na semana anterior. Descemos 3km para chegar na pousada, que por sorte ficava do lado de uma cachoeira. A partir daí foi muita caminhada, andando até 6km em busca dos melhores lugares, e às vezes voltando de carona em caminhão. Quando saímos de São Paulo, rumo a Três Corações, daonde saía o ônibus para São Tomé, conhecemos uma menina. Ela disse que era de Luminárias, uma cidade vizinha, famosa por seu carnaval animado. Cada um seguiu seu caminho, e sequer o telefone dela pegamos. Menos de um mês depois voltei lá um fim de semana para o aniversário da cidade, mas isso já é assunto para outro post.
Final de 2005 fui visitar uma amiga em Joinville/SC. O fim de semana foi ótimo, apesar da cidade não ter muita coisa interessante. Vale a citação mais para não abalar a amizade.
Mas eis que no carnaval desse ano, resolvo juntar um grupo de amigos e rumar para Luminárias. Nem sabia se iria encontrar a "loira da rodoviária". Ao descer do ônibus, fui para a pousada dormir. Mas dois amigos não precisaram de meia-hora para descobrir que a menina era filha do dono do boteco da esquina. E foi um carnaval inesquecível, com churrasco, cerveja e cachoeira durante o dia e muita farra à noite.
Depois de algum tempo, coloco novamente minha mochila e vou com um amigo curtir uma olimpíada de calouros de medicina em Ribeirão Preto. O detalhe é que nenhum dos dois fazia faculdade de medicina. Viagem tranqüila, ideal para descansar, mas com muitas surpresas também.
Minha última aventura foi um fim de semana no Rio de Janeiro. Fiquei num albergue em Santa Tereza com mais quatro amigos. Curtimos um sambinha justíssimo na Lapa, ficamos só meia-hora na praia e na volta até enquadro a gente tomou. Pela primeira vez na vida, demos graças a Deus por não ter nada que desabonasse nossa conduta.
Agora reassumo a mochila. Hoje estou rumando para Orlândia, fazer uma visita para um amigo que foi morar lá. Com isso vou ensaiando minha volta. Fevereiro tiro férias, e pretendo visitar um ou outro amigo ou parente perdido no interior ou em outro estado. Qualquer lugar onde tenha um boteco com mesinha na calçada pode esperar minha visita...
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5 comentários:
aqui em fortaleza tem vaaaarios!
mas não é um bom lugar pra mochileiros... com ctza vc ficaria sem a mochila!
parece interessante!
eu gostava de visitar as cavernas do entorno de brasilia quando morava lah.
Era uma mochila com umas roupas, lanterna, agua, biscoitos e só. Nem adiantava levar dinheiro, pq nem tinha onde gastar...
Acho bacana isso!
MAs sair nas cidades pra falar com as "pessoas"... ai... não sei! Morreria de vergonha!
Muito tempo que não faço uma viagem...
Acho legal o jeito mochileiro de ser, mas não é pra mim não, hahaha! E nem jeito turista. Odeio passeios, hahahahahahahahahaha! E eu que tô resmungando no seu blog, uuhuhuh!
Ou, sobre a escova de chocolate eu não sei, mas eu imagino que o cabelo fique doce e as formigas comam tudo enquanto você dorme -> bom pra tirar o volume!!
Que emoção você ter ido ao meu fuetolueg! hehehe!!!!
Poutz... de até vontade de sair correndo...
seria importante ressaltar ainda que vc tirou foto na cachoeira com uma infame cueca branca...
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