quinta-feira, junho 08, 2006





Tá chegando a Hora!!!! (e "As Azeitonas")

Coloquei uma foto aqui, só para não ficar aquela coisa preta cheia de texto. É o Bar do Paulistinha, em Luminárias-MG, onde passei o carnaval desse ano. Pois é, estão acabando minhas férias. Segunda-feira volto a trabalhar. E terão sido 30 dias de descanso e alguma curtição. Só saí de Sampa uns quatro dias para visitar minha vó no interior. Mas não vou ficar falando de mim, porque não sou nada interessante.
Vou aproveitar uma reflexão que vi numa peça de teatro. "Vamos sair da chuva quando a bomba cair", dirigida por Mário Bortolotto e encenada pelo próprio e por sua esposa "Fernanda D'Umbra". É o típico casal pós-moderno. Ele, o fracassado, 43 anos, desempregado, passa o dia dormindo ou "tostando" na praia. O único móvel em sua casa é uma geladeira, onde guarda a sua única muda de roupa, tomates, algumas cervejas, uma garrafa de vodca e um vidro de azeitona. Sua companhia é um gato, segundo ele formidável, que come azeitona e cospe o caroço fora. Tem também uma caixa de cerveja cheia de gibis e um livro de poemas do Walt Whitman, que ele lê para o gato. Ela é a fodona. Profissional bem-sucedida, cheia de iniciativa, mal-humorada, divorciada, que não arruma tempo para visitar o próprio filho, e odeia gatos.
Em meio a tantas diferenças, eles percebem o quanto se amam, e o quanto é difícil para os dois viverem juntos. Em certo momento, o personagem do Bortolotto, o Rassan, um gaúcho com nome de árabe, morando no Rio de Janeiro, que não gosta de comida árabe e nem de chimarrão, solta a frase que me marcou. Era nais ou menos assim:
"Às vezes eu acho que a vida é assim como uma azeitona, você come a parte boa, cospe o caroço fora... e aí gatinho vai rolando o caroço pra lá e pra cá... Eu acho que não consigo rolar o caroço, não rolo nada, deixo as coisas acontecerem..."
Gente, isso foi fantástico. A vida é isso mesmo... Uma azeitona. Se bem que eu sempre tive a mania de comer a azeitona e depois engolir o caroço. Não vou ficar divagando sobre o assunto, façam suas análises. Mas é psicologia de botequim de primeira. Até me imagino no boteco, com aquele amigo desabafando. Peço um pratinho de azeitonas pro garçom e solto: "A vida é como uma azeitona...". E depois ainda faço o cara pagar as azeitonas.

3 comentários:

Anônimo disse...

E quem não gosta de azeitona???

Anônimo disse...

nao entendi nada sobre a azeitona
mas eu so burra mesmo
e bem apropriado o seu tcc só se divertindo neh
bjos amore

Anônimo disse...

oi!!!!! estou de passagem pra dar um oi... legal teu blog!! passa nos meus!!!! www.nossarotina.zip.net e www.paulabarreto.zip.net